Nos empréstimos com taxa variável, a taxa de
juro de um empréstimo resulta da soma do indexante (Euribor) com o spread. Nas últimas revisões, o Banco
Central Europeu optou por aumentar as taxas de juro para controlar a inflação,
pelo que as prestações refletem rapidamente o agravamento das Euribor. Refira-se
que o Banco Central Europeu não aumenta as Euribor, mas apenas as taxas de juro
diretoras (preço que o BCE cobra aos bancos comerciais por lhes emprestar
dinheiro) — como os bancos comerciais têm mais dificuldade em captar dinheiro,
também cobram mais para o emprestar.
Nos últimos anos, Portugal foi dos países onde
os custos dos empréstimos eram menores, sendo que a utilização massiva da taxa
variável era uma das principais causas. Neste momento, como as taxas variáveis
dependem das taxas Euribor e este indexante subiu significativamente nos
últimos meses, as famílias e empresas portuguesas com empréstimos contraídos
são das que mais sofrem com a subida das taxas de juro.
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