Vivemos num país em que o Estado apoia frequentemente
empresas e modelos de negócio obsoletos. Mesmo que, geralmente, a intenção seja
boa (ajudar as empresas a resolverem um problema que implicaria destruição imediata
de emprego), a verdade é que os apoios dados a empresas com modelos de negócio
obsoletos inibem a necessidade de mudança.
Em vez de deixar as empresas lutarem entre si pela
sobrevivência e cada uma delas arranjar formas alternativas de superar as
dificuldades, fazendo alterações necessárias nos seus modelos de negócio, a
intervenção estatal imobiliza a capacidade de arriscar e de fazer as coisas de
forma mais produtiva. Nestes casos, os apoios invertem completamente as características
do livre mercado, visto que não se premeia o risco dos que têm modelos de
negócio mais produtivos.
Além disso, em muitos casos, os apoios dados a
empresas incumbentes com modelos de negócio obsoletos funciona como uma barreira
à entrada de novas empresas, dado que o seu risco de negócio aumenta
significativamente.