sexta-feira, 14 de abril de 2023

Destruição criativa (continuação)

 

Vivemos num país em que o Estado apoia frequentemente empresas e modelos de negócio obsoletos. Mesmo que, geralmente, a intenção seja boa (ajudar as empresas a resolverem um problema que implicaria destruição imediata de emprego), a verdade é que os apoios dados a empresas com modelos de negócio obsoletos inibem a necessidade de mudança.

Em vez de deixar as empresas lutarem entre si pela sobrevivência e cada uma delas arranjar formas alternativas de superar as dificuldades, fazendo alterações necessárias nos seus modelos de negócio, a intervenção estatal imobiliza a capacidade de arriscar e de fazer as coisas de forma mais produtiva. Nestes casos, os apoios invertem completamente as características do livre mercado, visto que não se premeia o risco dos que têm modelos de negócio mais produtivos.

Além disso, em muitos casos, os apoios dados a empresas incumbentes com modelos de negócio obsoletos funciona como uma barreira à entrada de novas empresas, dado que o seu risco de negócio aumenta significativamente.

sábado, 8 de abril de 2023

Destruição criativa

 

A “destruição criativa”, expressão introduzida pelo economista austríaco Joseph Schumpeter no século XX, representa a essência do empreendedorismo. À medida que os empreendedores vão alterando as suas formas de produzir, inovando e deixando para trás técnicas e processos antigos, estão destruir criativamente.

Num processo de inovação, os empreendedores transferem recursos de um lado para o outro, uma vez que as atividades mais antigas deixarão de se produzir (e as pessoas que lá trabalhavam ficam sem emprego), enquanto as novas formas de produção absorverão a maioria dos recursos existentes (incluindo os trabalhadores que se conseguirem adaptar).  

A destruição criativa permite a inovação e o desenvolvimento de bens e serviços cada vez mais adaptados às exigências dos consumidores, pelo que a sua interrupção, deliberada ou não, acarreta consequências negativas para quem o fizer. É, por isso, importante que as empresas e os modelos de negócio obsoletos e inviáveis não sejam suportados artificialmente por interesses irracionais e/ou estranhos.