segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Fundos de Investimento

 

Com as taxas de juro dos depósitos a prazos em mínimos históricos, as pessoas procuram outras opções para investir as suas economias.  Os fundos de investimento são um dos instrumentos que permitem vaticinar rendimentos mais elevados do que os depósitos a prazo, embora o risco seja muito superior - é importante perceber que os depósitos a prazos têm baixo risco (existe uma garantia no valor de 100 000 € que permite aos depositantes receber as suas aplicações no caso de as entidades bancárias entrarem em insolvência), enquanto nos fundos de investimento, normalmente, o capital e a remuneração não são garantidos.

Os fundos de investimento podem ser compostos por um conjunto muito diversificado de instrumentos (ações, obrigações, depósitos a prazo, etc.), sendo que da sua composição resultará determinado risco. Um fundo de investimento composto essencialmente por ações terá um risco e uma rendibilidade potencial superiores a um fundo constituído maioritariamente por títulos de dívida pública e depósitos a prazo.

Os fundos de investimento são constituídos por património autónomo  que pertence aos seus investidores tendo em conta as unidades de participação que cada um detém  e são geridos por uma equipa de profissionais, que têm a missão de comprar e vender os ativos que compõem a carteira, de modo que os resultados sejam o mais rentáveis possível para os investidores.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Inflação na Turquia

 

A principal função do Banco Central Europeu (BCE) é manter a estabilidade dos preços, sendo que as taxas de juro são o principal instrumento utilizado para controlar a inflação.

Na Turquia, em vez de se aumentar as taxas de juro para controlar a subida dos preços, o banco central turco decidiu diminuir as taxas de juro de referência. Como resultado desta opção, em outubro a taxa de inflação ultrapassou os 85%. O banco central da Turquia está a tomar medidas contrárias às que são tomadas pela maioria dos bancos centrais, que estão a subir as taxas de juro para controlarem a inflação. Com esta política, não só os preços dispararam, como a lira, a moeda turca, tem vindo a perder valor.

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Função do Banco Central Europeu

 

A principal função do Banco Central Europeu (BCE) é manter a estabilidade dos preços na zona euro. Numa altura em que os preços dos bens estão a subir de forma muito significativa, o papel do BCE é indispensável, dado que, através de políticas monetárias, irá tentar estabilizar, o mais rápido possível, os preços.

Nas últimas revisões, o BCE optou por subir significativamente as taxas de juro. As taxas de juro influenciam a quantidade de moeda em circulação, pelo que o seu aumento tem repercussões na procura de bens e serviços, pressionando os preços dos bens para baixo.  Desta forma, o BCE utiliza as taxas de juro para influenciar a quantidade de moeda e, consequentemente, o consumo e o investimento dos agentes económicos.  

domingo, 6 de novembro de 2022

Iliteracia financeira

 

Atualmente, os empréstimos estão acessíveis à maior parte da população, pelo que muitos não hesitam na hora de recorrer ao crédito bancário. No entanto, a iliteracia financeira dos portugueses não permite que as diversas opções disponíveis sejam bem analisadas, para que, futuramente, o risco de incumprimento seja reduzido.

Quando as taxas de juro associadas aos créditos começam a subir, com repercussões no valor a pagar em cada prestação, a comunicação social começa a relatar casos atrás de casos de pessoas que não conseguem pagar o valor das prestações relativas aos contratos de dívida celebrados anteriormente.  

Nos últimos anos, as taxas de juro associadas aos empréstimos bateram constantes recordes negativos, pelo que o valor das prestações era acessível a grande parte da população portuguesa. No entanto, com um pouco de conhecimento dos ciclos económicos e uma análise mais refletida do histórico das taxas de juro (que estavam em valores negativos) facilmente se preveria que, mais tarde ou mais cedo, as taxas de juro iriam subir e o valor a pagar pelos devedores em cada prestação iria aumentar.  

sábado, 5 de novembro de 2022

Inflação subjacente

 

A taxa de inflação, medida através do Índice de Preços no Consumidor, tem subido bastante nos últimos meses, estando a bater recordes dos últimos 30 anos. De acordo com alguns analistas, o aumento vertiginoso a que temos assistido está relacionado, sobretudo, com os preços dos bens alimentares e dos produtos energéticos. Olhando para os números mais recentes, facilmente verificamos que os preços daqueles bens têm sido dos que mais têm crescido.

A inflação subjacente procura eliminar os bens cujos preços são mais voláteis. Assim, os bens alimentares não transformados e os produtos energéticos são excluídos do seu cálculo. Este indicador, ao excluir os bens mais suscetíveis a oscilações temporárias de preço, ajuda-nos a perceber melhor se a subida da inflação poderá ser mais permanente ou temporária.

Os últimos dados de Portugal, divulgados recentemente, mostram-nos que, em outubro, a taxa de inflação homóloga foi de 10,2%, enquanto a taxa de inflação subjacente foi de 7,1%. Apesar de os preços dos bens alimentares não transformados e dos produtos energéticos estarem a pressionar a taxa de inflação para cima (com variações bastante superiores à taxa de inflação), os restantes produtos também têm registado um aumento cada vez mais pronunciado.