sábado, 5 de novembro de 2022

Inflação subjacente

 

A taxa de inflação, medida através do Índice de Preços no Consumidor, tem subido bastante nos últimos meses, estando a bater recordes dos últimos 30 anos. De acordo com alguns analistas, o aumento vertiginoso a que temos assistido está relacionado, sobretudo, com os preços dos bens alimentares e dos produtos energéticos. Olhando para os números mais recentes, facilmente verificamos que os preços daqueles bens têm sido dos que mais têm crescido.

A inflação subjacente procura eliminar os bens cujos preços são mais voláteis. Assim, os bens alimentares não transformados e os produtos energéticos são excluídos do seu cálculo. Este indicador, ao excluir os bens mais suscetíveis a oscilações temporárias de preço, ajuda-nos a perceber melhor se a subida da inflação poderá ser mais permanente ou temporária.

Os últimos dados de Portugal, divulgados recentemente, mostram-nos que, em outubro, a taxa de inflação homóloga foi de 10,2%, enquanto a taxa de inflação subjacente foi de 7,1%. Apesar de os preços dos bens alimentares não transformados e dos produtos energéticos estarem a pressionar a taxa de inflação para cima (com variações bastante superiores à taxa de inflação), os restantes produtos também têm registado um aumento cada vez mais pronunciado.

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