A taxa de
inflação, medida através do Índice de Preços no Consumidor, tem subido bastante
nos últimos meses, estando a bater recordes dos últimos 30 anos. De acordo com
alguns analistas, o aumento vertiginoso a que temos assistido está relacionado,
sobretudo, com os preços dos bens alimentares e dos produtos energéticos. Olhando
para os números mais recentes, facilmente verificamos que os preços daqueles
bens têm sido dos que mais têm crescido.
A inflação
subjacente procura eliminar os bens cujos preços são mais voláteis. Assim, os
bens alimentares não transformados e os produtos energéticos são excluídos do
seu cálculo. Este indicador, ao excluir os bens mais suscetíveis a oscilações
temporárias de preço, ajuda-nos a perceber melhor se a subida da inflação poderá
ser mais permanente ou temporária.
Os últimos dados
de Portugal, divulgados recentemente, mostram-nos que, em outubro, a taxa de inflação
homóloga foi de 10,2%, enquanto a taxa de inflação subjacente foi de 7,1%. Apesar
de os preços dos bens alimentares não transformados e dos produtos energéticos estarem
a pressionar a taxa de inflação para cima (com variações bastante superiores à
taxa de inflação), os restantes produtos também têm registado um aumento cada
vez mais pronunciado.
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