Portugal necessita de muitas empresas, sejam
elas micro, pequenas, médias ou grandes. Existe uma perspetiva cultural de
defesa das micro e pequenas empresas, sendo que os políticos tendem a castigar
mais as que não se enquadram naquela visão. Além do desapego ideológico de
alguns partidos e comentadores mediáticos pelas grandes empresas, os diversos
governos têm optado por implementar um conjunto de medidas (fiscais, laborais,
etc.) que as penalizam.
Em termos de IRC (Imposto sobre o Rendimento
das Pessoas Coletivas), não só as pequenas e médias empresas (PME) podem gozar
de uma taxa mais baixa, como há taxas especiais aplicadas às grandes empresas
que podem elevar a taxa de IRC acima dos 30%.
No entanto, estes factos merecem ser
contrastados com os salários pagos pelas PME e pelas grandes empresas. Os dados
comprovam que as grandes empresas pagam melhor aos trabalhadores (https://planapp.gov.pt/wp-content/uploads/2023/01/Nota-de-Analise_Os-salarios-em-Portugal.pdf), pelo que não deveriam ser tratadas de
forma discriminatória, mas, pelo contrário, deveriam ser estimuladas.
As empresas nascem pequenas e, se conseguirem
convencer, através dos produtos e serviços que oferecem, as pessoas a adquiri-los,
poderão crescer e tornar-se grandes. Uma empresa, seja micro, pequena, média ou
grande, já serve o seu país através do emprego que gera, dos impostos que paga,
do bem-estar social que promove através da satisfação das necessidades das
populações, etc. Penalizar uma empresa somente porque cresceu mais do que a
maioria, mesmo sabendo que aquele tipo de empresa, em média, remunera melhor os
seus funcionários do que as restantes, é claramente errado.
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