O
risco de pobreza é um dos indicadores económicos mais usados para medir o
bem-estar das populações. Há várias formas de medir a pobreza, sendo a taxa do
risco de pobreza uma das mais utilizadas. Este indicador corresponde a 60% da mediana
da distribuição dos rendimentos monetários líquidos e permite medir, em termos
relativos, o nível de pobreza de uma população.
Em
Portugal, como se pode ver no gráfico apresentado acima (fonte: INE),
nos últimos 20 anos a taxa de risco de pobreza tem diminuído ligeiramente, com
algumas subidas pontuais naquele período.
A
distribuição do rendimento por adulto é assimétrica positiva, pelo que o valor
médio do rendimento é superior à mediana, significando que existe uma maior
concentração dos rendimentos nos valores mais baixos.
Note-se,
no entanto, que terá de existir algum cuidado na análise baseada apenas naquele
indicador, dado que os valores resultantes da sua aplicação dependem do
rendimento mediano. Se imaginarmos uma população que, entre dois momentos
diferentes, observou uma diminuição significativa do seu rendimento, uma pessoa
em particular pode ser descaracterizada como pobre, apesar de continuar a viver
mal e de a nova situação ter sido provocada artificialmente pela deslocação da
distribuição dos rendimentos.

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