Como vimos nos últimos artigos publicados no
blogue, a inflação — e o respetivo aumento das taxas de juro para a combater —
influenciará o valor das prestações pagas pelos clientes bancários. Na altura
da negociação de um empréstimo, o cliente bancário pode escolher uma taxa de
juro variável ou fixa — em muitos empréstimos é utilizada uma taxa de juro
mista, fixa numa parte inicial do contrato e variável no restante período.
Nos empréstimos com taxa fixa, o valor das
prestações mantém-se estável durante determinado período. Pelo contrário, as
prestações relativas aos empréstimos com taxas variáveis aumentarão ou
diminuirão em linha com o indexante (normalmente, a Euribor).
Em Portugal, as taxas variáveis são as mais
utilizadas nos empréstimos, representando cerca de 90% do total. Na análise
aprofundada que deve ser feita antes da contratação de um empréstimo, o devedor
tem de avaliar muito bem as vantagens e as desvantagens da taxa fixa e da taxa
variável. Normalmente, as taxas fixas são mais elevadas, mas protegem o devedor
dos aumentos das taxas de juro. Nos empréstimos com taxas variáveis, o valor
das prestações é volátil e aumentará ou descerá conforme a direção das taxas de
juro. A taxa variável permite que o devedor beneficie de uma taxa de juro mais
baixa no início do contrato, assim como nos momentos em que o indexante está a
diminuir. Na escolha da taxa variável, o devedor deverá avaliar muito bem a sua
capacidade para pagar as prestações caso haja um aumento significativo, e por
vezes repentino, das taxas de juro.
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