quarta-feira, 5 de julho de 2023

Tipo de taxa nos empréstimos

 

Como vimos nos últimos artigos publicados no blogue, a inflação — e o respetivo aumento das taxas de juro para a combater — influenciará o valor das prestações pagas pelos clientes bancários. Na altura da negociação de um empréstimo, o cliente bancário pode escolher uma taxa de juro variável ou fixa — em muitos empréstimos é utilizada uma taxa de juro mista, fixa numa parte inicial do contrato e variável no restante período.

Nos empréstimos com taxa fixa, o valor das prestações mantém-se estável durante determinado período. Pelo contrário, as prestações relativas aos empréstimos com taxas variáveis aumentarão ou diminuirão em linha com o indexante (normalmente, a Euribor).

Em Portugal, as taxas variáveis são as mais utilizadas nos empréstimos, representando cerca de 90% do total. Na análise aprofundada que deve ser feita antes da contratação de um empréstimo, o devedor tem de avaliar muito bem as vantagens e as desvantagens da taxa fixa e da taxa variável. Normalmente, as taxas fixas são mais elevadas, mas protegem o devedor dos aumentos das taxas de juro. Nos empréstimos com taxas variáveis, o valor das prestações é volátil e aumentará ou descerá conforme a direção das taxas de juro. A taxa variável permite que o devedor beneficie de uma taxa de juro mais baixa no início do contrato, assim como nos momentos em que o indexante está a diminuir. Na escolha da taxa variável, o devedor deverá avaliar muito bem a sua capacidade para pagar as prestações caso haja um aumento significativo, e por vezes repentino, das taxas de juro.

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