Agora
que o debate sobre a imposição de tarifas aos bens importados continua na ordem
do dia, vale a pena relembrar as Leis do Milho, executadas na Inglaterra no
século XIX. Naquela altura, depois das guerras napoleónicas, para proteger os
seus agricultores, a Inglaterra introduziu tarifas ao milho importado.
À
semelhança do que acontece atualmente, a introdução de tarifas aos bens
importados gerou enorme controvérsia. Os defensores das tarifas argumentavam ser
necessário proteger os produtores locais de milho e que o país deveria
tornar-se autossuficiente. Do lado oposto, criticava-se o encarecimento do
milho (que penalizava de forma mais severa os mais pobres) e o prejuízo causado
no comércio internacional. David Ricardo foi um dos que mais criticaram as Leis
do Milho, por considerar que o comércio internacional trazia mais benefícios do
que o protecionismo comercial.
Já
naquela altura, à semelhança do que acontece atualmente, a introdução de
tarifas aos bens importados, visando incentivar a produção interna e auxiliar
as empresas nacionais, é tema muito controverso.